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​O presente artigo objetiva analisar dois contos de Murilo Rubião, O Ex-mágico da Taberna Minhota e Teleco, o coelhinho, sob a perspectiva do insólito ficcional. Esta vertente de estudo do fantástico constitui-se como um macro-gênero da literatura do sobrenatural. À primeira leitura dos contos de Rubião, percebe-se que sua narrativa não apresenta as características do fantástico puro de Todorov (2008), nem no chamado Realismo Maravilhoso, de que trata Chiampi (1980). Nota-se, então, uma aproximação com o conceito de Neofantástico, trabalhado por Roas (2014) e da teoria do insólito ficcional trabalhada por Garcia (2012). Por fim, o artigo comprova essa característica dos contos de Murilo Rubião como pertencentes a essa vertente ficcional contemporânea, em que o extraordinário se apresenta como meio para trabalhar temas sociais, como a perda da identidade a partir do cotidiano moderno, requerente de aparências que nem sempre trazem a felicidade.

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